segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nova era...

Eu sei e você sabe, que nessa vida fugaz, sentir ficou em segundo plano e olhe lá. Emergiu uma nova era, e é pré-requisito de sobrevivência se tornar de pedra. E eu juro que eu entendo, toda vez que você fala que está tudo errado, sem notar que se está errado é por que por mais que você se oponha, continua de carne e osso, afinal.
É que nós dois sabemos, que no século XXI, as coisas e as pessoas são projetadas descartáveis, que ninguém mais tem coragem de dar a cara a tapa, que ser vulnerável está tão démodé... Eu entendo, meu amor, que você se feche, não deixe nenhuma fresta para eu entrar. Eu entendo que "amar" é verbo de gente tola, e que seu ceticismo é deveras protetor.
Mas eu preciso que você saiba, que o mundo está catastroficamente errado, que a gente precisa lutar com unhas e garras. Que você tem que se livrar dessa máscara impermeável, que não tem vergonha em chorar.
Só que eu falo e você não ouve, e eu não sei como lidar com isso. Eu não sei como não fazer disso um martírio, um luto, como não gritar com você pra fazer com que, ao menos uma vez, você me entenda. Eu não sei como não querer te cortar em pedaços, como não te impor a minha noção de realidade. Eu não sei como não querer cuidar de você. Mas, como sempre, eu entendo, eu juro que eu entendo.
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